quinta-feira, 24 de setembro de 2009

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Liduína Benigno Xavier



A apresentação da professora é dela própria a partir de seu Blog.
http://blogdotriunfo.wordpress.com/sobre-a-autora/


Sou brasileira.

Nasci sob o signo de Aquário. Faz poucas décadas. Costumo dizer que sou um fruto maduro.

Sou psicóloga, educadora e gosto de escrever.

Tive uma infância difícil, mas frutífera e edificante pelo amor e exemplo dos meus pais e irmãos. Isso inspira meu viver adulto.

Escrevo minha vida com vigor e alegria. Vírgula por vírgula. Sou detalhista, mas não deixo de olhar para o horizonte. É pra lá que miro.

Aprecio a arte, a filosofia e a convivência.

Sou uma leitora incurável. A leitura me faz levitar, compreender e mergulhar no que sou e na vida.

Escrever é uma devoção.

Tenho o hábito de estimular as pessoas a serem tudo o que elas podem ser. Talvez, porque gosto de gente, de aprender e de ajudar as pessoas com o que aprendo.

Só consigo pensar em ação com valores.

Não tenho lemas. Minha única convicção é o valor da vida, da Ètica e da necessidade do florescimento humano pela construção coletiva do bem-comum.

Acredito na perfeição como propósito, não como meta.

As duas grandes questões da vida são: O que é certo e o que é justo? E levamos essas interrogações por todos os caminhos que percorremos.

A perfeição nunca está completa, é um eterno construir. Mas na condição de seres falíveis, estamos sempre às voltas com a imperfeição de nossos atos. E é esse sentimento que motiva as reflexões contidas nos ensaios deste blog, frutos da inquietação sobre minhas próprias deficiências e imperfeições.

Humanos, não devemos nos colocar como modelos de perfeição, entretanto, é profícuo não esquecer que podemos nos aprimorar e tentar ser melhor a cada novo dia.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O FIM DA EDUCAÇÃO

Prof. Adjedan


É difícil saber aonde chegaremos com os rumos dos processos educacionais na contemporaneidade brasileira. Há muitos anos, desde o surgimento do país enquanto órgão administrador da sua própria estrutura, quando adquire a independência política, mesmo atrelado à Corte Portuguesa após a ida de D. João VI à Portugal, em cada contexto temporal, as teorias da aprendizagem procuram explicar, teorizar os melhores caminhos a serem seguidos por profissionais da educação imbuídos de promover o desenvolvimento da nação através do repasse de conhecimento para formação cidadã do seu povo.
A existência de tantas teorias da aprendizagem sufoca os profissionais docentes num dilema cotidiano na busca pela melhoria do ensino. Contudo, os quantitativos que determinam os investimentos na área da educação continuam apontando para o declínio dos sistemas de ensino, tanto no que diz respeito ao Ensino Básico quanto ao Ensino Superior. Na educação básica as estimativas apontam uma enorme deficiência nos primeiros anos do Ensino Fundamental, onde a grande maioria dos educandos é composta por analfabetos funcionais e registram baixos índices de aprendizagem em leitura, interpretação, escrita e cálculos simples. Essa deficiência é levada como um estigma em todos os anos de escolaridade do aluno, saindo da educação básica, passando pelo Ensino Médio até chegar ao Ensino Superior. Já nesta última modalidade, o problema é seriamente agravado, por ser considerada uma fase determinante na formação profissional do indivíduo. É daí que irão surgir os bons ou os maus profissionais que serão ou não inseridos no mercado de trabalho, advindos de instituições públicas ou privadas que a cada ano têm o seu quadro avaliado e os números são decepcionantes.
O está fadado a vários anos de retardamento no que concerne a qualidade do ensino, bem como no que diz respeito a conscientização da sua população para o ingresso e a permanência nos sistemas de ensino. Estudos da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico afirma que 90% da população com idade entre 25 e 34 anos não possui diploma do Ensino Superior, além disso, apenas 37% da população, em geral, chegam ao final do Ensino Médio. Podemos observar, aqui, uma primeira grande preocupação que devemos com a Educação no Brasil: o número de indivíduos que tratam de ter uma formação escolar é cada vez menor no país, tanto na Educação Básica como no Ensino Superior; o segundo ponto preocupante é que grande parte dos 10% que integram as estatísticas dos que ingressam nas instituições formadoras, não estão preparados para o lugar que se encontram em termos de escolaridade. Esse fator é exatamente o reflexo das deficiências estigmatizadas desde a educação infantil.
No centro do emaranhado das relações de ensino-aprendizagem, portanto, está o professor formador que por sorte da imagem errônea que foi construída ao longo dos tempos sobre o seu papel, carrega em suas costas a tarefa de tudo mudar, de conter o abismo das distorções nos sistemas de ensino e fazer brotar das duras pedras que precisam ser lapidadas os números positivos que os governos exigem. Além disso, os docentes têm o papel que pode ser considerado o mais difícil: a formação crítica do indivíduo enquanto cidadão ativo, se considerarmos a educação enquanto ciência da prática social. Esse é um quesito que talvez nos aponte um fim. E não o começo de uma revolução que ainda não teve começo, por não sabermos em que nível de consciência crítica a sociedade se encontra.
Mesmo estando preparados como formadores, parte dos educadores se veste na ideologia do sistema dominante em que estão inseridos ocasionando certa apatia nos processos de ensino. Além disso, o nível de aprendizagem há de não ser considerado nem crítico nem mecânico. É preciso proceder com a elaboração de um diagnóstico situacional não apenas quantitativa, numérica, mas sim qualitativa, para entendermos melhor a educação no contexto social.
Não está sendo possível realizar integralmente uma educação problematizadora por conseqüência das inúmeras deficiências dos sistemas de ensino, ou melhor, não está possível implementarmos as mudanças necessárias ao pronto desenvolvimento educacional do país, especialmente em cidades de pequeno porte que não dispõem de mecanismo que possibilitam esse desenvolvimento. Onde estará o começo e a que tempo chegaremos ao fim? Ou começamos pelo fim?